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A VARANDA de Jean Genet

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Ficha Técnica

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ESTE ESPECTÁCULO

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A VARANDA de Jean Genet

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De 17 de Novembro a 18 de Dezembro.
Teatro do Bairro Alto, Lisboa.

Terça a sábado às 20.30h. Domingos às 16.00h

 

 .ÚLTIMAS REPRESENTAÇÕES.

 

A VARANDA de Jean Genet

 

Tradução Armando Silva Carvalho

Encenação Luis Miguel Cintra

Cenário e Figurinos Cristina Reis

Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção

Interpretação

Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, João Grosso, José Manuel Mendes, LuÍs Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Luísa Cruz, Ricardo Aibéo, Rita Durão, Sofia Marques, Tiago Manaia, Tiago Matias e Vítor d’Andrade.

 

A Varanda é uma das mais comentadas e discutidas peças do século XX. E também uma das mais desejadas e temidas pelos encenadores. Poucos dos grandes encenadores que a trabalharam conseguiram agradar a Genet na sua abordagem (Peter Zadek, Peter Brook, Erwin Piscator, Roger Blin, Giorgio Strehler). Teria sido ao que parece a encenação de Vítor Garcia para Rute Escobar em S. Paulo aquela que mais perto estaria do que Genet podia imaginar quando definia a peça como uma glorificação da imagem e do reflexo. Ao contrário do que o título poderia levar a crer, tudo nesta peça é fechado em si próprio. Entre imagem e reflexo, e anulado o ser, ou a Verdade. Tudo se passa numa espécie de sistema fechado, como uma grande câmara de espelhos: a Varanda é o nome de um bordel ou casa de ilusões, dirigida por Irma e a sua ajudante Carmen. As prostitutas ajudam a construir fantasias para o prazer dos clientes que imitam ou espelham as relações e as estruturas do Poder: a Igreja, a Justiça, o Exército, a Polícia, mas também a relação patrão/escravo e rico/pobre e as relações amorosas. As cenas vão-se sucedendo como variantes da mesma ideia até à cena da própria Morte, associada ao momento da derrota de uma Revolução que não se sabe se realmente se está a passar lá fora, se faz parte da ilusão. Quando a janela da Varanda finalmente se abre sobre a praça e as personagens aparecem à varanda, ela transforma-se em espelho, na imagem que a praça quer ver, a imagem do poder. Numa moldura. E a praça: o poder que a praça glorificaria. Ou melhor, as imagens do poder. A violência política e poética do texto transformam esta peça num espécie de bárbara oratória, talvez um reflexo, ou uma imagem do nosso viver com os outros. 

 

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