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Programa

Sexta 27 e Sábado 28 de Setembro

ESPECTÁCULO:

  

21.30hO AUTO DE LA SIBILA CASANDRA de Gil Vicente (1h)

É uma raríssima oportunidade de ver este Gil Vicente representado, com o rigor e a originalidade das concepções cénicas dos espectáculos de Ana Zamora, reconhecida hoje como grande especialista do teatro pré-barroco. Tem encenado com a colaboração musical de Alicia Lázaro, que dirige uma pequena orquestra de música antiga, e que constitui parte essencial do espectáculo. O resultado não é uma reconstituição histórica, é a reinvenção da pureza inicial dos valores civilizacionais. E é essa uma das razões porque, um pouco por todo o mundo onde a companhia nao d'amores tem apresentado o seu espectáculo mais emblemático MISTERIO DEL CRISTO DE LOS GASCONES, exerce um fascínio tão grande sobre os mais variados públicos.

 

 

Sábado 5 de Outubro

FILMES:

 

16.00hE não se pode exterminá-lo? de Solveig Nordlund (2h 15m)

É a filmagem de um espectáculo de 1980, uma escolha de sketches cómicos de cabaret de Karl Valentin, com encenação de Jorge Silva Melo. O espectáculo foi um êxito absoluto e tornou-se quase lendário. Solveig Nordlund filmou-o, acrescentando mais alguns sketches que não tinham sido integrados no espectáculo. Ainda hoje o filme é hilariante e diz-se que os que naquele tempo, quando passou na RTP, o gravaram em VHS, continuaram a vê-lo com o pretexto de o mostrar aos filhos.

 

18.30hTeatro da Cornucópia - a louca jornada

               não assinada a realização (47m)

Devia ter sido um filme de José Álvaro Morais sobre 25 anos do Teatro da Cornucópia. José Álvaro, grande entusiasta do trabalho da Companhia, filmou sobretudo toda a preparação de O Casamento de Fígaro, de Beaumarchais, em 1999, e é a memória desse trabalho que está no filme. Mas ele queria fazer um filme sobre 25 anos da Companhia e não se conseguiu financiamento suficiente para isso. José Álvaro não quis assinar o filme, e no entanto, em tão bom material filmado, reconhece-se o seu olhar.

 

21.30h Façade e The Bear

              filmado em 1990 pela RTP (1h 45m)

É o registo do realizador Oliveira e Costa para a RTP, co-produtora, de um espectáculo musical com a colaboração da Orquestra do Teatro Nacional de S. Carlos, representativo do nosso gosto pela música e da relação de trabalho que há tantos anos mantemos com o maestro João Paulo Santos e com Luís Madureira. Foi na Cornucópia que, com este The Bear (O Urso) de William Walton, a partir da famosa peça de Tchekov, João Paulo Santos fez a sua primeira direcção de ópera. E foi com a sua direcção musical que quase sempre contámos. A Façade de Walton, sobre poemas de Edit Sitwell, para voz falada e pequena orquestra, é um trabalho exemplar de Luís Madureira que há tantos anos faz preparação vocálica dos nossos actores. E em O Urso, com as interpretações de Marina Ferreira e Jorge Vaz de Carvalho, temos um muito bom exemplo do prazer com que temos trabalhado com os cantores portugueses. E Oliveira e Costa foi um dos raros realizadores da RTP que se pôde ainda especializar na filmagem de música e teatro.

 

 

Sábado 12 de Outubro

FILMES:

 

 

16.00hEncontro com Christine Laurent (30m)

Com a projecção de algumas imagens informalmente filmadas mas que marcam uma memória dos 7 espectáculos dirigidos por Christine Laurent na nossa Companhia, prestamos uma pequena homenagem a esta realizadora de cinema que, a partir de 1994 connosco se tornou em encenadora de teatro, e a quem tanto do nosso trabalho está ligado. Ela estará presente.

 

16.30hANATOMIA TITO FALL OF ROME

              Dissecação de um Espectáculo de Luís Santos (47m)

É o complemento de uma tese de licenciatura de um dos assistentes de Cristina Reis. Luís Santos fez a sua tese sobre a sua própria actividade profissional na Cornucópia como assistente de cenografia. Com uma pequena câmara de vídeo regista as diferentes fases de elaboração de um espectáculo (ANATOMIA TITO FALL OF ROME de Heiner Müller em 2003), sobretudo no que diz respeito à cenografia. Mas neste registo pessoal fica muito daquilo que, na vida da Companhia, os espectadores nunca chegam a ver.

 

17.30hA Ilha de Ricardo Aibéo

              estreia absoluta (60m)

É um filme de um dos actores que há muitos anos tem trabalhado connosco. Chamou-lhe A Ilha, e foi rodado em 2009, durante toda a preparação de A Tempestade de Shakespeare, em que também participava mas é tanto mais interessante quanto se afasta de um mero registo e se torna numa obra pessoal, num olhar cinematográfico e afectivo sobre esta casa.

 

18.30hMISERERE de Ricardo Aibéo

              estreia absoluta (1h m 30m)

Por sua iniciativa Ricardo filmou em 2010 este espectáculo apresentado no Teatro Nacional D. Maria II que o co-produziu. O espectáculo, que começou por ser uma encomenda de um texto clássico português, veio a revelar-se como um dos mais importantes e polémicos. Uma peça puramente religiosa de um dos autores que mais vezes abordámos, Gil Vicente, o Auto da Alma, encenada com o possível ponto de vista de uma actualidade que tivesse esquecido ou não tivesse sequer memória da tradição cristã. O resultado foi talvez pouco vicentino mas explosivo e estas imagens, ainda que imperfeitas, recordam o trabalho único de um grande actor que resolveu deixar de representar: José Airosa.

 

21.00hFim de Citação de Joaquim Pinto e Nuno Leonel

              estreia absoluta (1h 30m)  

O espectáculo com o mesmo título é outro dos espectáculos importantes da companhia. Consiste num jogo cénico construído sobre citações de algumas das peças sobre o próprio teatro ou a relação da arte com a vida que ao longo dos anos levámos à cena. Em 2010, no momento em que começaram a fazer-se cortes drásticos e de graves consequências no financiamento, começámos a perceber que infelizmente pouco lugar para um trabalho artístico se esperava para o teatro. E que a lógica do mercado iria tornar-se dominante. Este espectáculo é, em reacção a isso, um manifesto de reivindicação do teatro como lugar de criação, de liberdade. Interessou a dupla de artistas e amigos nossos, Joaquim Pinto e Nuno Leonel, que resolveram filmá-lo. E, a pedido nosso, e apesar das imperfeições técnicas que os tinham feito desistir de montar as imagens e o som recolhidos, acabaram por fazer deste registo também um filme.

 

Domingo 13 de Outubro

TRIBUNA LIVRE:

 

16.00h Intervenções sobre ou a propósito do Teatro da Cornucópia:

A partir das 16h e até às 20h, intervenções de pessoas que se inscreveram.

 

NOTA: As pessoas que quiserem fazer intervenções devem inscrever-se por e-mail até ao dia 4 de Outubro para que se possa organizar a sequência e anunciá-la a partir de dia 5 de Outubro. (se houver alguma conveniência de hora é favor dizer). Pode haver a introdução de participações imprevistas. Mas só com algum método será possível o decorrer deste dia que gostamos de organizar mas cujo conteúdo entregamos nas vossas mãos.

 

20.00h – Paragem para conversa e um copo. E serão bem-vindos contributos de “comes e bebes”!

 

21.30hIntervenções musicais:

À noite reservamos espaço para a música com os músicos que quiserem “intervir”. O Maestro João Paulo já se inscreveu e depois da récita da tarde no Teatro S. Carlos, virá à Cornucópia com alguns cantores.





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